terça-feira, 20 de abril de 2010

Alimentação durante trabalho de parto está liberada


Querid@s, olás!



Essa semana o assunto é mais leve do que o da semana anterior!



Ontem, na Folha de São Paulo, saiu uma reportagem sobre alimentação durante o TP. Olhem só:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd2004201004.htm



Acho que estamos num "bom caminho", apesar de saber que ainda há muito a caminhar! Mas quando reportagens como essas saem em midias como a Folha, podemos pressupor que algumas pessoas levarão este tema aos consultórios e serviços e, quem sabe, lentamente quebramos mais um paradigma. Fica a esperança de que este seja mais um passo a se percorrer na busca por um atendimento mais humanizado durante o trabalho de parto.



Essa semana vamos disponibilizar a reportagem na íntegra, dando os devidos céditos ao jornal.



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Alimentação durante trabalho de parto está liberada



Crença de que mulher deve ficar em jejum para dar à luz não resiste à revisão científica de vários estudos; comida deve ser leve



JULLIANE SILVEIRA

DA REPORTAGEM LOCAL


Em nome do conforto, vale até comer enquanto o bebê não chega. Uma revisão recente de cinco estudos científicos concluiu não haver provas de que a alimentação durante o parto normal faz mal à mulher.O trabalho avaliou dados de 3.130 mulheres e foi publicado pela Cochrane, rede internacional de revisão de pesquisas.A crença de que a mulher deve ficar em jejum vem dos anos 1940, quando foi levantado o alerta de que, durante uma anestesia geral, haveria maior risco de vômito e de o alimento do estômago ser aspirado pelos pulmões, causando problemas à paciente.Mas a anestesia aplicada na gestante só atinge o abdômen e os membros inferiores, tornando mínimo o risco de reaspiração dos alimentos. "Muitos médicos têm receio de ser necessária uma anestesia geral, mas isso é raro e atípico", diz o ginecologista Alberto d'Auria, diretor do grupo Santa Joana.Na verdade, a alimentação pode ajudar a mulher: como ela pode esperar até 16 horas para o bebê nascer, precisa de uma fonte de energia. "Se sente fome, é sinal de que há algum nível de hipoglicemia. É mais saudável oferecer comida do que dar glicose na veia", acrescenta.A exceção ocorre no caso de uma cesariana agendada. A cirurgia requer oito horas de jejum para alimentos sólidos e seis horas para líquidos."Se o parto for normal, mas houver suspeita de que a mulher não vai ter dilatação, também é melhor evitar a alimentação", diz a ginecologista Márcia da Costa, coordenadora médica da maternidade do Hospital São Luiz -unidade Itaim.


Experiência



A fisioterapeuta Luciana Morando, 27, já sabia que poderia se alimentar durante as contrações, caso sentisse fome.Foi internada às 11h, e seu filho, Guilherme Mendes Morando, nasceu depois das 20h, tempo suficiente para ela almoçar e lanchar. "Achei importante comer. Parto é trabalho mesmo. Tive mais energia para o momento da expulsão."Os alimentos devem ser leves como grelhados, purê, arroz e vegetais, para não piorar um eventual mal-estar causado pela dor, segundo a ginecologista Márcia da Costa. "Se ela estiver indisposta, pode tomar sopa. Vai do desejo da paciente." Se ela estiver sem apetite, o médico pode manter os níveis de glicemia com soro.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mortalidade Materna



Querid@s!

Vamos começar a dar vida a este blog iniciando justamente com o tema Mortalidade Materna.

Não! Este não foi um trocadilho "inocente". Para que a gente possa mudar o cenário que hoje se apresenta, é preciso discutir muito, pesquisar muito e fazer muito barulho tbm; ou seja, dar vida ao tema Mortalidade Materna. Caso contrário, ele continuará silencioso, sendo subnotificado, oculto por outras causas e interrompendo o momento mais sublime e precioso da vida de uma mulher e de sua família.

Felizmente, nas últimas semanas o tema está movimentando os circuitos virtuais e presenciais de discussão e divulgação de informações. O motivo foi este estudo aqui publicado na revista médica The Lancet e que traz o dado de que a taxa de mortalidade materna no Brasil caiu em média 63% entre 1980 e 2008.

Será?

Para continuar a polêmica, a Deborah já encaminhou este outro artigo aqui que saiu no The New York Times.

Além disso, temos no dia 28/05 o Dia da Mortalidade Materna no calendário e o GEMAS não perderá a oportunidade de realizar um evento para que possamos continuar dando vida a esta discussão!
*** Data do evento retificada! ***

Preparem-se! Em breve, divulgaremos aqui as informações sobre este evento!

Enquanto isso, leiam, comentem e divulguem os artigos e as dicussões! E se encontrar alguma outra fonte de informação para este tema polêmico, passe por aqui para nos avisar!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Postagem inicial

Benvindo(a) ao blog do Grupo de Estudo GEMAS - GÊNERO, EVIDÊNCIA, MATERNIDADE E SAÚDE!

Este grupo é coordenado pela Profa Dra Carmen Simone Diniz do Depto de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Aqui serão publicados (e indicados) artigos, eventos, discussões e tudo mais que se relacionar ao(s) nosso(s) tema(s) de estudo e discussão.

Aguarde os primeiros materais!