segunda-feira, 17 de maio de 2010

Evento na FSP: "Parto e Nascimento Respeitoso - Do trauma ao prazer"

Neste mês de maio, o Departamento de Saúde Materno-infantil da FSP promoverá um ciclo de seminários intitulado "Direitos e Saúde Materna".

No dia 19/05 será realizado o evento “Parto e Nascimento Respeitoso: do Trauma ao Prazer”.

Na ocasião, será inaugurada a exposição de fotografias em comemoração à Semana Mundial de Respeito ao Nascimento (SMNR) 2010 - "Parir e Nascer, do trauma ao prazer".

Os eventos são co-organizados pelo Departamento de Saúde Materno-Infantil da FSP; GEMAS – Gênero e Evidência, Maternidade e Saúde; e Parto do Princípio – Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa.

As inscrições para o evento “Parto e Nascimento Respeitoso: do Trauma ao Prazer serão isentas de taxa e poderão ser feitas somente através deste site até o dia 19/05.

Programação:

PARTO E NASCIMENTO RESPEITOSO: DO TRAUMA AO PRAZER

Data: 19/05
Horário: 14 às 17h
Faculdade de Saúde Pública – Auditório João Yunes

• 14:00 – Abertura: Gênero e Direitos Humanos no Parto Prof.ª Simone G Diniz

• 14:15 – Apresentação de vídeo com depoimentos de mulheres sobre suas experiências exitosas de parto e nascimento

• 14:30 – Apresentação da Rede Parto do Princípio: Mulheres e protagonismo no parto, do trauma ao prazer – Roberta Marcinkowski

• 15:00 – Transtorno de estresse pós-traumático pós-parto – Daniela de Ameida Andretto (Mestranda do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da USP)

• 15:30 – Satisfação no parto sob o ponto de vista das mulheres e dos profissionais de saúde – Helena Costa Lino (Mestranda do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da USP)

• 16:00 – Debate e relatos de experiências

• 17:30 – Encerramento

Serão fornecidos certificados de participação.

Mais informações com Simone G. Diniz - Tel 0 xx 11 3061 7124 - e-mail: sidiniz@usp.br

INSCRIÇÕES: A partir do dia 18/05 aqui

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A mídia e seus equívocos - Parte 1: considerações acerca do parto humanizado e dos direitos reprodutivos

Em pleno Dia das Mães, nos chega a transcrição de uma entrevista com Alexandre Garcia à CBN, realizada no dia 07/05/2010.



Além de ter demonstrado "ser um profundo desconhecedor dos benefícios do parto humanizado e do direito ao acompanhante" (retirado de http://www.partodoprincipio.com.br/), também se mostrou ignorante sobre a assistência às pessoas vivendo com HIV/Aids, na política baseada nos direitos humanos, na dignidade humana e no respeito aos direitos sexuais e reprodutivos. Isto sem falar nas várias expressões carregadas de preconceitos que apenas reforçam as iniquidades de gênero execráveis e tão presentes em nosso cotidiano.



Um desserviço, não só pelos equívocos proferidos, como pela forma vergonhosa e desrespeitosa com que tratou as políticas públicas e as pessoas.



Felizmente, não faltaram manifestações dos inúmeros grupos que há anos lutam pelos direitos humanos e políticas públicas e para que preconceitos e equívocos como os desta declaração não continuem sendo multiplicados.



Seguem links para a entrevista e para as inúmeras manifestações:



A entrevista: http://cbn.globoradio.globo.com/colunas/mais-brasilia/2010/05/07/ESTADO-NAO-ESTA-CUMPRINDO-SEUS-DEVERES-COM-A-SAUDE.htm



Transcrição da entrevista: http://www.partodoprincipio.com.br/conteudo.php?src=alexandregarcia&ext=html



Manifesto da Parto do Príncípio - A carta de repúdio: http://www.partodoprincipio.com.br/conteudo.php?src=cartarepudio&ext=html



Agência de Notícias da AIDS: http://www.agenciaaids.com.br/site/noticia.asp?id=14688



Rede Nacional de Pessoas vivendo com HIV/AIDS: http://rnpvha.org.br/portal/modules/liaise/?form_id=2



Acessem os links, publiquem em blogs, twitters, comunidades e afins, enviem para as diversas mídias (jornais, rádios, sites etc.). Enfim, vamos DE FATO prestar um serviço à comunidade e informar o Sr. Alexandre Garcia!



Mãos à obra!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Alimentação durante trabalho de parto está liberada


Querid@s, olás!



Essa semana o assunto é mais leve do que o da semana anterior!



Ontem, na Folha de São Paulo, saiu uma reportagem sobre alimentação durante o TP. Olhem só:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd2004201004.htm



Acho que estamos num "bom caminho", apesar de saber que ainda há muito a caminhar! Mas quando reportagens como essas saem em midias como a Folha, podemos pressupor que algumas pessoas levarão este tema aos consultórios e serviços e, quem sabe, lentamente quebramos mais um paradigma. Fica a esperança de que este seja mais um passo a se percorrer na busca por um atendimento mais humanizado durante o trabalho de parto.



Essa semana vamos disponibilizar a reportagem na íntegra, dando os devidos céditos ao jornal.



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Alimentação durante trabalho de parto está liberada



Crença de que mulher deve ficar em jejum para dar à luz não resiste à revisão científica de vários estudos; comida deve ser leve



JULLIANE SILVEIRA

DA REPORTAGEM LOCAL


Em nome do conforto, vale até comer enquanto o bebê não chega. Uma revisão recente de cinco estudos científicos concluiu não haver provas de que a alimentação durante o parto normal faz mal à mulher.O trabalho avaliou dados de 3.130 mulheres e foi publicado pela Cochrane, rede internacional de revisão de pesquisas.A crença de que a mulher deve ficar em jejum vem dos anos 1940, quando foi levantado o alerta de que, durante uma anestesia geral, haveria maior risco de vômito e de o alimento do estômago ser aspirado pelos pulmões, causando problemas à paciente.Mas a anestesia aplicada na gestante só atinge o abdômen e os membros inferiores, tornando mínimo o risco de reaspiração dos alimentos. "Muitos médicos têm receio de ser necessária uma anestesia geral, mas isso é raro e atípico", diz o ginecologista Alberto d'Auria, diretor do grupo Santa Joana.Na verdade, a alimentação pode ajudar a mulher: como ela pode esperar até 16 horas para o bebê nascer, precisa de uma fonte de energia. "Se sente fome, é sinal de que há algum nível de hipoglicemia. É mais saudável oferecer comida do que dar glicose na veia", acrescenta.A exceção ocorre no caso de uma cesariana agendada. A cirurgia requer oito horas de jejum para alimentos sólidos e seis horas para líquidos."Se o parto for normal, mas houver suspeita de que a mulher não vai ter dilatação, também é melhor evitar a alimentação", diz a ginecologista Márcia da Costa, coordenadora médica da maternidade do Hospital São Luiz -unidade Itaim.


Experiência



A fisioterapeuta Luciana Morando, 27, já sabia que poderia se alimentar durante as contrações, caso sentisse fome.Foi internada às 11h, e seu filho, Guilherme Mendes Morando, nasceu depois das 20h, tempo suficiente para ela almoçar e lanchar. "Achei importante comer. Parto é trabalho mesmo. Tive mais energia para o momento da expulsão."Os alimentos devem ser leves como grelhados, purê, arroz e vegetais, para não piorar um eventual mal-estar causado pela dor, segundo a ginecologista Márcia da Costa. "Se ela estiver indisposta, pode tomar sopa. Vai do desejo da paciente." Se ela estiver sem apetite, o médico pode manter os níveis de glicemia com soro.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mortalidade Materna



Querid@s!

Vamos começar a dar vida a este blog iniciando justamente com o tema Mortalidade Materna.

Não! Este não foi um trocadilho "inocente". Para que a gente possa mudar o cenário que hoje se apresenta, é preciso discutir muito, pesquisar muito e fazer muito barulho tbm; ou seja, dar vida ao tema Mortalidade Materna. Caso contrário, ele continuará silencioso, sendo subnotificado, oculto por outras causas e interrompendo o momento mais sublime e precioso da vida de uma mulher e de sua família.

Felizmente, nas últimas semanas o tema está movimentando os circuitos virtuais e presenciais de discussão e divulgação de informações. O motivo foi este estudo aqui publicado na revista médica The Lancet e que traz o dado de que a taxa de mortalidade materna no Brasil caiu em média 63% entre 1980 e 2008.

Será?

Para continuar a polêmica, a Deborah já encaminhou este outro artigo aqui que saiu no The New York Times.

Além disso, temos no dia 28/05 o Dia da Mortalidade Materna no calendário e o GEMAS não perderá a oportunidade de realizar um evento para que possamos continuar dando vida a esta discussão!
*** Data do evento retificada! ***

Preparem-se! Em breve, divulgaremos aqui as informações sobre este evento!

Enquanto isso, leiam, comentem e divulguem os artigos e as dicussões! E se encontrar alguma outra fonte de informação para este tema polêmico, passe por aqui para nos avisar!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Postagem inicial

Benvindo(a) ao blog do Grupo de Estudo GEMAS - GÊNERO, EVIDÊNCIA, MATERNIDADE E SAÚDE!

Este grupo é coordenado pela Profa Dra Carmen Simone Diniz do Depto de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo.

Aqui serão publicados (e indicados) artigos, eventos, discussões e tudo mais que se relacionar ao(s) nosso(s) tema(s) de estudo e discussão.

Aguarde os primeiros materais!